
Pelos e hormônios: você já ouviu falar de hirsutismo?
O seu bem-estar também está relacionado com como você se sente ao olhar no espelho. Os pelos são um problema para muitas mulheres que querem exterminá-los de uma vez por todas. Mas é muito importante saber se existe um excesso de pelos e por qual motivo isso está ocorrendo. Você já ouviu falar de hirsutismo?
Segundo a endocrinologista de Florianópolis da Clínica Harmoniza, Mariana Costa Silva Valente (CRM-SC 15060 RQE 10711), essa disfunção hormonal é caracterizada pelo crescimento de pelos mais grossos em áreas do corpo as quais mulheres não costumam apresentar tantos pelos: como na face, busto, abdome, costas, região interna da coxa.
Mas o que é o hirsutismo?
Hirsutismo é um aumento da quantidade de pelos na mulher em locais comuns ao homem. Costuma afetar as mulheres durante os anos férteis e após a menopausa. Geralmente está associado à irregularidade menstrual, alterações hormonais, infertilidade e acne, mas muitos casos não têm causa definida.
As causas hormonais mais comuns são Síndrome dos Ovário Policísticos, uso indevido de hormônios masculinos, menopausa, hiperplasia adrenal congênita, síndrome de Cushing. Mas também podem estar relacionados a doenças graves como tumores de ovário ou de glândulas adrenais.
Os pelos presentes no hirsutismo são chamados de pelos terminais e habitualmente são escuros, grossos e tortuosos. Eles diferem dos pelos finos, claros e delicados que são mais comuns no corpo feminino.
As causas mais comuns de hirsutismo
Hirsutismo familiar: o crescimento de pelos ocorre, mas não por causa dos ciclos menstruais ou de um desbalanço hormonal predominantemente androgênicos (hormônios masculinos). Nesse caso, a condição é antiga, e pode estar associada a alguns grupos étnicos específicos.
Excesso de hormônios masculinos: o hirsutismo pode estar ligado ao excesso de produção de androgênios (hormônios masculinos) pelas glândulas adrenais e os ovários. Em geral nestes casos ocorre um surgimento dos pelos progressivo, e deve ser investigado. Há causas diversas sendo as mais comuns distúrbios na regulação da produção dos hormônios sexuais e seu balanço, e muito raramente tumores nos ovários ou nas glândulas suprarrenais.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP ou PCOS): alterações hormonais que afetam mulheres em idade fértil, especialmente naquelas com sobrepeso ou obesidade. Caracteriza-se por ciclos menstruais irregulares, ovários policísticos no ultrassom e hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial – ao menos 2 destes achados, excluindo-se outras doenças endocrinológicas que também podem se manifestar com estes sintomas. Devido ao excesso de hormônios androgênicos, o hirsutismo costuma ser uma queixa frequente. Muitas vezes é associado a maior oleosidade da pele e acne.
Como tratar?
Primeiro, é preciso realizar uma consulta com um(a) endocrinologista, que é o(a) especialista em alterações hormonais. Assim, durante a consulta será avaliado o grau do hirsutismo (escala de Ferriman e Gallwey) a presença de outros sinais e sintomas, como por exemplo acne, queda de cabelo, alterações hormonais ou da fertilidade. As estratégias para tratamento e controle do hirsutismo irá depender da sua causa de base.
As medicações empregadas no tratamento do hirsutismo atuam no sentido de afinar e retardar o crescimento dos pelos. Paralelamente aos medicamentos, pode ser necessário fazer a remoção física dos pelos. Entre os métodos, há a raspagem; a depilação com cera ou cremes depilatórios; a utilização de pinças; eletrólise e a depilação com laser, sendo estas últimas técnicas mais duradouras.
Atividade física e perda de peso são fundamentais no controle do Hirsutismo relacionado a PCOS, pois esta síndrome está relacionada à resistência insulínica e maior risco de desenvolver diabetes.
O acompanhamento e controle do hirsutismo costumam envolver avaliações clínicas e exames complementares periódicos.
Dúvidas sobre hirsutismo?
A Doutora Mariana Costa Silva Valente (CRM-SC 15060 RQE 10711) é especialista em endocrinologia e pode ajudar você. Marque uma consulta ligando para (48) 3365-4239 ou (48) 9 9191-0935.
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