
Diabetes: por que é importante se prevenir e manter hábitos saudáveis
Você sabe o que é diabetes? Quais são os principais sintomas e fatores de risco? Como se prevenir e cuidar da sua saúde de forma preventiva? Hoje nosso assunto aqui é diabetes, doença que afeta quase 9% dos brasileiros! De 2006 a 2016, o número de brasileiros com diabetes cresceu consideravelmente: 61,8%, de acordo com o Ministério da Saúde.
O diabetes ocorre devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina. A insulina é um hormônio produzido pelas células beta no pâncreas e sua função principal é retirar a glicose (“açúcar”) do sangue e direcionar para os órgãos. A glicose é o “combustível” do nosso corpo e é necessária para que os órgãos desempenhem adequadamente suas funções.
A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta em acúmulo de glicose no sangue, a chamada hiperglicemia, que causa danos aos vasos sanguíneos e prejudica o funcionamento dos órgãos. O diabetes mal controlado (hiperglicemias frequentes) causa alterações na circulação, especialmente do fundo do olho, coração, rins e cérebro (cegueira, infarto, insuficiência renal, AVC) e também altera a circulação e os nervos dos pés (pé diabético).
Saiba mais sobre o diabetes
Há diversas condições que podem levar ao diabetes. Mas de um modo geral, dividimos em dois tipos: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. Então, vamos conhecer melhor cada um deles?
O que é o Diabetes Tipo 1 (DM 1)?
É resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, o organismo produz anticorpos (defesa) contra as células beta levando à destruição destas células e prejuízo na produção de insulina. Estes anticorpos podem ser detectados no sangue de 85 a 90% das pessoas com DM 1 no momento do diagnóstico. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens. Mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. Os principais sintomas são: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma.
O que é o Diabetes Tipo 2 (DM2)?
Cerca de 90% dos pacientes diabéticos tem a Diabetes Tipo 2. Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina na tentativa de manter a glicose em níveis normais. Com o tempo, as células beta pancreáticas vão entrando em falência, não sendo mais possível a produção adequada de insulina e a manutenção dos níveis normais de glicose.
Ao contrário do DM1, o DM2 geralmente não dá sintomas no início e está associado ao sedentarismo, sobrepeso e obesidade. Acomete principalmente adultos a partir dos 50 anos, mas devido ao estilo de vida, está cada vez mais frequente em jovens e até crianças. Por isso, o endocrinologista é o profissional mais capacitado para diagnosticar o diabetes em sua fase inicial e ajudar a evitar que a pessoa apresente as complicações do diabetes.
Confira informações importantes sobre o tipo mais comum de diabetes (DM2):
– O número de casos de diabetes tipo 2 vem aumentando nas últimas décadas, sobretudo em decorrência do aumento do sedentarismo e piora dos hábitos alimentares, levando a excesso de peso e obesidade;
– Ter familiares com diabetes já é um fator de risco para desenvolver a doença;
– O desenvolvimento do DM2 ocorre ao longo de anos e existe um estado chamado pré-diabetes. Pessoas com valores de glicemia de jejum, 100 e 125 mg/dL, hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,5%, e/ou teste de tolerância à glicose entre 140-199 mg/dL 2 horas após ingestão de dextrose 75%;
– Quem tem pré-diabetes não apresenta os sintomas. No entanto, já possui maiores chances de apresentar problemas graves de saúde como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes?
- Excesso de peso e obesidade;
- Ingestão de carboidratos simples e gordura em excesso;
- Sedentarismo;
- Herança genética;
- Idade;
- Excesso de estresse;
- Alcoolismo ou ingestão de bebidas alcoólicas em demasia;
- Ter pré-diabetes;
- Ter hipertensão arterial;
- Diabetes gestacional prévia.
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O que fazer para evitar o diabetes?
As mudanças de estilo de vida são o primeiro passo para a redução do peso corporal e controle dos valores da glicemia. Por isso, reduzir as atividades sedentárias e aumentar a atividade física programada (como caminhada, corrida, natação) ou espontânea (como subir escadas, não utilizar o carro para percorrer pequenas distâncias) é fundamental.
Afim de atingir esses objetivos é necessário reduzir a ingestão calórica, o consumo de carnes gordas e embutidos, aumentar o consumo de fibras, com o aumento de grãos integrais, leguminosas hortaliças e frutas e limitar a ingestão de bebidas e comidas açucaradas. Da mesma forma, parar de fumar é uma ótima maneira de prevenção contra o diabetes. Fumar aumenta a resistência à insulina, tornando mais difícil o controle dos níveis de glicemia e a probabilidade de complicações associadas à doença. Os benefícios de deixar de fumar são imediatos e você terá maior controle dos seus níveis de glicemia.
Mude seus hábitos alimentares e pratique mais exercícios físicos para ficar longe do diabetes!
Estou com diabetes, e agora?
O ideal é que você faça um acompanhamento com endocrinologista. Assim, ele irá propor o tratamento ideal, que pode ser com medicações por via oral ou injetável, dependendo de cada caso. Além disso, o endocrinologista fará exames frequentes para avaliar se você apresenta alguma complicação do diabetes para que qualquer alteração seja controlada precocemente.
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